Micro-Orquídeas – 1ª Parte

O artigo de hoje é para aquelas pessoas que gostam de plantas especiais, mais raras. Pessoas pacientes e com paciência para cuidarem de pequenas joias botânicas. Colecionadores minuciosos que, como um relojoeiro ou um ourives, tratam das suas plantas, sem enxada e sem regador, mas com uma pinça, por vezes uma lupa, e um pequeno borrifador. Bem-vindos ao mundo das pequenas orquídeas.

 

São plantas que mesmo no seu estado adulto não crescem mais do que alguns centímetros. Os tamanhos variam muito, mas algumas plantas ficam adultas ao atingirem os 5 cm e outras chegam aos 12cm ou um pouco mais. Por terem pequenas dimensões são chamadas de micro-orquídeas ou mini-orquídeas.

Existem orquídeas de tamanhos pequenos de muitos géneros e o seu cultivo vai também depender do género e tipo de planta que é, assim como das condições presentes nos seus habitats. Nestas orquídeas convém mesmo saber a identificação das plantas e investigar um pouco sobre elas. Existem bons livros que podemos consultar, alguns especializados em micro-orquídeas e também alguns sítios na Internet.

Numa maneira geral serão plantas de ambientes temperados a quentes (temperaturas constantes entre os 12 graus de mínima e os 24 graus de máxima), plantas que não gostam de luz muito brilhante, nunca sol direto e uma humidade constante assim como boa ventilação. São plantas difíceis de cultivar sem um lugar aquecido no inverno e onde possamos ter uma humidade do ar sempre acima dos 70%. Uma pequena estufa ou um terrário são ideais. Apesar de as temperaturas mínimas poderem atingir os 12 graus durante a noite, as temperaturas deverão subir durante o dia.

 

Estas plantas, apesar das suas pequenas dimensões podem ser igualmente cultivadas em vaso ou agarradas (dizemos “montadas”) em pequenos pedaços de cortiça ou troncos. Nos vasos utiliza-se uma mistura de casca de pinheiro fina com musgo de esfagno e nas montagens, as plantas são presas às cortiças ou troncos com um fio ou cordel colocadas entre duas camadas finas de musgo de esfagno que vão, em simultâneo, proteger as raízes e mantê-las húmidas.

As regas deverão ser feitas muito ligeiramente, com um borrifador apontado para as raízes e cerca de 3 vezes por semana. Convém a planta ficar húmida sem fica encharcada. Deve-se utilizar água da chuva ou água destilada e fertilizar com uma dose muito fraca de fertilizante próprio para orquídeas diluído na água de rega uma vez por mês. Estes são os cuidados básicos de cultivo.

 

Na segunda parte do artigo, irei falar sobre alguns géneros diferentes de micro-orquídeas e dar algumas indicações específicas sobre elas.

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